Álcool, das substâncias capazes de gerar dependência, é a mais usada no mundo. No Brasil, praticamente a metade da população refere beber. Sim, a metade e não todo mundo como quer a indústria do álcool nos fazer acreditar através de sua massiva propaganda. Mas, mesmo sendo a metade é muita gente. As pessoas bebem durante algumas refeições, em festas e eventos sociais variados.
Algumas pessoas, no entanto, começam a exagerar e ter ou causar problemas.
Alcoolismo é apenas o mais percebido dos problemas gerados pelo consumo das bebidas alcoólicas. A violência, contra si ou contra terceiros é até mais frequente que o próprio alcoolismo. De todo modo, quando o beber de alguém está começando a ganhar uma certa relevância na vida do bebedor, quando sua tolerância com a bebida vai se alterando e quando segue bebendo apesar das evidências lhe sugerirem ser momento de parar então é chegada a hora ideal para se consultar um especialista.
Este é um comportamento típico que indica uma relação problemática com o álcool. Costuma vitimar, sobretudo, jovens que não têm coragem para se recusar a entrar no veículo conduzido por alguém que bebeu e, infelizmente, as estatísticas de acidentes fatais de trânsito na noites de sexta e sábado atingem principalmente esta faixa etária.
Quanto mais cedo o médico for convocado a ajudar o(a) paciente, maiores serão as chances do tratamento poder ser ambulatorial e breve. No entanto, se o fingir que não está acontecendo nada imperou por anos e uma dependência mais severa tiver se instalado, então internação poderá estar indicada. Mas vale destacar que a clínica do alcoolismo progrediu nos últimos anos e hoje a medicina consegue ajudar alguém a parar sem sofrer.
Alteração do comportamento, enrolar a língua e ressaca no dia seguinte são bons indicadores de um abuso alcoólico. A persistência do uso/abuso alcoólico pode gerar sintomas físicos tais como azia, diarréia, rosto vermelho, inchaços e tremores, bem como psíquicos tais como irritabilidade, alterações do sono e da potência sexual (em homens).
Sim, como consequência do aumento do número de mulheres que bebem o alcoolismo feminino vem aumentando no mundo inteiro. Nos anos 70 tínhamos uma mulher hospitalizada para cada 13 homens. Hoje a proporção é de 3 para 1.
A medicina ainda não conseguiu oferecer uma alternativa segura para que bebedores problemáticos voltem a beber sem problemas. Por isso, a abstinência ainda é o melhor caminho e para consegui-la e mantê-la existem medicações úteis, psicoterapia do paciente, terapia de família e grupos de auto ajuda. Cada um com sua indicação e utilidade.